Além do litoral de beleza ímpar, paraíso de mergulhadores e marinheiros, Ilhabela também oferece aventuras em seus rios e matas
SP - De que cor são as águas que circundam o Arquipélago de Ilhabela? Às vezes verdes, às vezes azuis, mas sempre límpidas e cristalinas. Como o próprio nome já diz, Ilhabela é bela mesmo. De longe, parece uma pequena enseada, mas quando se chega perto é que se consegue perceber sua grandiosidade. Ilhabela enche os olhos.
Conhecida internacionalmente como capital da vela, Ilhabela encanta seus visitantes com suas águas claras e belezas naturais. Situado no litoral norte paulista, a 435 km do Rio de Janeiro, este arquipélago é rico em fauna e flora marinha, propiciando visuais magníficos para quem gosta de praticar mergulho. Diversos naufrágios foram mapeados ao sul da ilha, atraindo ainda mais os praticantes em busca de tesouros perdidos no fundo do mar.
Além das águas, Ilhabela tem uma das maiores áreas de floresta de Mata Atlântica, com diversas trilhas dentro do Parque Estadual, que abrange 85% do território, além de incríveis cachoeiras onde o rapel é praticado pelos amantes de esportes radicais.
Com uma infraestrutura turística excelente, Ilhabela tem muita coisa para se ver e programas para todos os desejos: para quem quer adrenalina, para quem gosta de ir às compras, para os que adoram uma badalação ou para quem só quer mesmo é relaxar. É um lugar que vale muito a pena conferir.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A região onde era Ilhabela começou sua História com a chegada da primeira expedição portuguesa, no dia 20 de janeiro de 1502. O local se chamava Maembipe, mas foi rebatizado com o nome do santo do dia: São Sebastião.
Mais tarde, a chegada de colonos para o plantio da cana e a produção do açúcar favoreceu o crescimento da vila, que então passou a ser chamada de Villa Bella. Em paralelo, eram também cultivados o fumo, o anil, o arroz, o feijão e a mandioca, esta última substituindo o trigo. Mais tarde, o ciclo do café tomaria parte dos engenhos de aguardente.
Como aconteceu em quase todo o litoral brasileiro, Ilhabela também foi alvo de piratas desde o início da colonização do País. Esses piratas eram atraídos pelas embarcações portuguesas que por lá passavam, trazendo os escravos da África e levando as nossas riquezas para Portugal.
Aqueles tempos passaram, e Ilhabela, que ostenta seu nome desde 1944, continua lá, bela e serena. E hoje é uma das principais — e mais bonitas — cidades turísticas do litoral paulistano.
Triângulo das Bermudas da América do Sul
Ilhabela é o maior cemitério de navios da costa brasileira, com 21 naufrágios registrados. Segundo os antigos marinheiros, a causa de tantos desastres é o inexplicável e misterioso campo magnético da região, que alterava os instrumentos de navegação das embarcações, afastando-as e levando-as a colidir com as rochas pontiagudas e as lajes que ladeiam Ilhabela. Lenda ou não, se por um lado a Costa Sul da Ilha ficou conhecida como o “Triângulo das Bermudas” da América do Sul, por outro lado, Ilhabela é o paraíso do mergulho em naufrágio.
Lendas da Ilha
Diz a lenda que a Praia de Garapocaia (que quer dizer “pedra que toca”) ia ser invadida por piratas no meio da noite. Porém, os sinos começaram a soar, acordando os moradores, que conseguiram se preparar para enfrentar os invasores. Na verdade, não eram os sinos da Igreja da Armação, mas os índios que repetiam “Garapocaia, Garapocaia”, apontando para as pedras dessa região. Hoje, a “Pedra do Sino” é atração turística no local.
COMO CHEGAR
Carro
BR-101 Sul (Rio-Santos) sentido São Sebastião. Chegando lá, pegar a balsa
Ônibus
Os ônibus chegam a São Sebastião pela Viação Útil. Saídas 8h30 e 23h (7 horas de viagem) R$ 74,50 www.viajeutil.com.br
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O QUE FAZER / VER
Melhores Praias
Praia do Pinto
Para quem gosta de estar rodeado de gente bonita, lá é o lugar certo para ir. A praia tem uma faixa larga de areia e é boa para esportes náuticos. O acesso pode ser feito a pé.
Pedra do Sino ou da Garapocaia
É uma praia tranquila, para quem quer sossego. A 4 km da Vila de Ilhabela, tem esse nome porque, quando as águas batem nas pedras, emitem o som de sinos.
Praia dos Castelhanos
É a maior praia da baía de mesmo nome, voltada para o mar aberto. Possui exuberante flora de Mata Atlântica e um mundo marinho maravilhoso; um convite aos mergulhadores. Suas ondas também são boas para a prática do surfe. O acesso é feito por mar ou por jipe em estrada de terra precária.
Praia do Curral
O agito é aqui. Repleta de bares e restaurantes com musica ao vivo e uma energia incrível, esta praia ainda é uma das últimas acessíveis a carro na região.
Praia do Jabaquara
Uma das mais bonitas da região, tem acesso por uma trilha, passando por cachoeiras, casas de caiçaras e muita natureza. Ideal para quem quer relaxar e fugir do agito.
Praia do Bonete e Enchovas
Uma comunidade de pescadores com cerca de 250 pessoas. Não possui energia elétrica é e ideal para quem gosta de acampar, surfar, tomar banho de cachoeiras. Para chegar até o Bonete, basta seguir uma trilha de 15km a partir da Ponta de Sepituba. É preciso preparo físico para encarar 4 horas de subidas em terreno acidentado. Entretanto, o cenário compensa o esforço.
Praia do Poço
Depois da Praia do Jabaquara, seguindo uma trilha por aproximadamente 4 horas, chega-se à trilha do Poço. Ali, uma cascata despenca nas areias, formando uma piscina de água doce. Diversos naufrágios foram encontrados nesta região, tornando-a muito interessante para os mergulhadores.
Praia da Feiticeira
Praia de tombo, com faixa de areia inclinada de 250 m. Leva à Cachoeira Três Tombos, onde pode se fazer rapel.
Cachoeiras
Cachoeira da Laje
Fica no caminho da Praia do Bonete. Tem tobogã que acaba numa gostosa piscina natural. Cuidado com a ducha da queda d’água: as pedras escorregam. O acesso leva 40 minutos a partir de Borrifos
Cachoeira da Toca
O acesso é pago, pois fica em propriedade particular (R$ 7,50. Crianças até 10 anos pagam R$ 2,50). Tem piscina natural com pedras usadas como escorrega. Horário: 8h/18h. Fica na estrada para Castelhanos.
Cachoeira da Água Branca
Cinco poços de água cristalina. Há três caminhos, com 1 hora de caminhada a partir da portaria do Parque Estadual.
Passeios e atividades
Escuna
Costeia o norte da ilha, com parada nas praias. (15 pessoas)
Agência Archipelagus — tel.: (12) 3896 3557 — R$ 40. Windsurfe, vela e kitesurfe.
Escola BL3 — Av. Pedro de Paula Moraes 1.166, Engenho D’água, tel.: (12) 3896-1034.
Jipe 4x4 até Castelhanos
São 22 km de estrada bastante precária que cruza o Parque Estadual de Ilhabela. Vá com quem conhece a estrada. Leva 1h40 de solavancos, mas vale a pena. R$ 65
Caiçara Ilhabela — tel.: (12) 3896-6960
Arvorismo
Eco Point — Rua dos Carijós 1.956, tel.: (21) 3895 -1017. De ter a dom, das 8h às 17h.
Circuito com 11 obstáculos e duas tirolesas. São 45 min, com monitor. R$ 30.
Rapel (Cachoeira Três Tombos)
Praia da Feiticeira. 10 min de trilha — R$ 70
Agência Archipelagus — tel.: (12) 3896-3557.
Mergulho
Incluído equipamento, instrutor e o mergulho.
Colonial Diver - Av. Brasil 1.751 - R$ 220
Tel: 12 3894 9459
Noite
É na Vila onde acontece a noite de Ilhabela e onde se concentram as melhores opções de diversão noturna. São poucas ruas, mas muito charme e badalação. As pessoas circulam pelas ruas e casas noturnas, que costumam funcionar a partir das 23h, com música ao vivo e eletrônica.
Entretanto, na alta temporada existem outras opções de programa, como um luau na praia ou simplesmente passear e tomar um sorvete. É bom chegar à Vila antes das 23h, pois depois disso a avenida que leva ao centro fica congestionada, o trânsito piora bastante e se torna difícil estacionar.
http://odia.terra.com.br/portal/viagens/html/2009/5/capital_da_vela_das_cachoeiras_e_da_boa_vida_11424.html
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