VEJA!

BAND NEWS RÁDIO FM-RJ

BAND NEWS RÁDIO FM-RJ

OPORTUNIDADES

INFORMAÇÕES DO PROJETO:

BRASIL, RIO DE JANEIRO - 2016
CURSO DE ARTE RECICLAGEM -
EMAIL: calves1972@yahoo.com.br
***Vencedor da segunda edição do Projeto Sustentabilidade 2012 EDUCAÇÃO*** POR CARLOS A. BARBOSA***
Professor Artesão e Escritor
O PROJETO SOCIAL TRABALHA COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, O OBJETIVO DO APP e INFORMAR, PESQUISAR, CONSCIENTIZAR A SOCIEDADE A MELHORAR O MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS AO USO DE SACOLAS ECOLÓGICAS E A RECICLAGEM DO LIXO SUSTENTÁVEL, VOLTADOS PARA ESCOLAS E COMUNIDADES RJ; * TEMOS CURSO DE RECICLAGEM EM PAPEL – 100 Pratico%. TÉCNICAS EM PAPEL E PET, PLÁSTICO, METAIS, AULAS PARTICULARES, ESCOLAS, ETC Maquetes.
****PARCERIAS E PATROCINADOR PARA ESCOLA DE ARTE: CONTADO email: calves1972@yahoo.com.br.
ESTÁ EM FASE TESTE!
PARTICIPE E USE O APP NÃO JOGUE O LIXO NAS RUAS!
http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/nao_jogue_lixo_nas_ruas

PROJETO MODELO ARTE ECOLÓGICA PRÊMIOS RECONHECIDOS:

http://www.istoe.com.br/reportagens/270477_TRANSFORMADORES

http://blog.clubedeautores.com.br/2013/02/autor-do-clube-vence-premio-da-revista-istoe.html

PARCERIAS:

http://lixozero.org/v2/



segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CICLO DO CARBONO - parte3


O carbono é um elemento fundamental na formação de compostos orgânicos, como proteínas, carboidratos e lipídeos que compõem 30% do corpo humano.

Na Terra, uma grande quantidade de carbono está armazenada nas rochas sedimentares, na forma de carbonato de cálcio e magnésio ou de combustível fóssil (petróleo e carvão). A atividade industrial humana, crescente desde o século XVIII, tem introduzido carbono destas fontes no ciclo, o que não ocorre naturalmente. Um aspecto importante dessa ação poluidora é a de que a queima de combustíveis fósseis e de matéria orgânica produz o gás monóxido de carbono (CO). Ele é extremamente perigoso pois além de ser dificilmente perceptível - é inodoro e incolor -, reage com a hemoglobina do sangue formando um composto estável. Deste modo, a hemoglobina não consegue mais transportar oxigênio e a vítima pode morrer lentamente, asfixiada.

Entre os compartimentos do ciclo do carbono, são os oceanos que estocam em maiores quantidades; uma pequena parte na forma de gás carbônico dissolvido na água e, a maior parcela, na forma de íons carbonato e bicarbonato.

Mas é na atmosfera, como gás carbônico, que o carbono se apresenta disponível para ser utilizado pelos vegetais, na fotossíntese, e assim transformar-se em alimento para o resto da cadeia alimentar. Ele retorna para a atmosfera pelos processos de respiração, bem como pela combustão de matéria orgânica.

As florestas são as grandes fixadoras terrestres do carbono existente na atmosfera. Somente as florestas tropicais contêm cerca de 350 bilhões de toneladas de carbono, quase a metade do que possui a atmosfera, sendo que cada hectare retira da atmosfera, em média, 9 quilos de carbono por ano. No ambiente marinho o papel das florestas é desempenhado pelo fitoplâncton que, ademais, é responsável pelo processo conhecido como bomba biológica, pelo qual uma imensa quantidade de CO2 (cerca de 15% do carbono assimilado pelo fitoplâncton) é armazenada no fundo dos oceanos, já que a temperatura mais baixa e a densidade maior da água profunda impedem que se misture com as águas mais quentes das camadas superiores.

Efeito estufa e as queimadas

A partir do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, o homem introduziu um novo caminho no ciclo de carbono. Trata-se de sua introdução na atmosfera, pela queima de combustíveis fósseis, para obtenção de energia. Isso não tem sido compensado completamente por um aumento na taxa de retirada de CO2 (gás carbônico) da atmosfera pela combustão de petróleo e carvão, lá permaneceram. Durante a década de 80 a taxa de emissão de carbono, pela atividade industrial, tem sido de, aproximadamente 6 bilhões de toneladas/ano.

Há vários anos especula-se sobre os efeitos desse aumento de estoque de carbono na atmosfera. Em agosto de 1979, o cientista e escritor Isaac Asimov escreveu um artigo - pioneiro - comentando informações recentes sobre a atmosfera do planeta Vênus, com 95% de CO2 e muito quente, e fazia uma advertência de que a poluição do ar estivesse provocando o aumento gradativo de temperatura terrestre, num processo semelhante ao que teria ocorrido, em condições naturais, em Vênus. Pela primeira vez, usou-se a expressão efeito estufa para definir o fenômeno.

O efeito estufa é a reprodução, em escala planetária, do fenômeno de aquecimento que ocorre quando se deixa um carro fechado sob o Sol. A luz atravessa os vidros fechados, aquece o interior do veículo e o calor não consegue escapar, porque os vidros retêm os raios infravermelhos. Disso resulta uma enorme elevação de temperatura.

Na atmosfera terrestre, o gás carbônico, o CFC, o óxido de nitrogênio (N2O) e o metano (CH4) cumprem o papel do vidro do automóvel. Assim, uma parte do calor retido volta a superfície e outra permanece na atmosfera, desregulando a balança térmica planetária. A concentração de gases causadores do efeito estufa tem aumentado nos últimos anos e tendem a continuar no mesmo ritmo. Esse crescimento será menor (linha tracejada) se severas medidas forem tomadas.

As conseqüências do efeito estufa tem sido motivo de debate - às vezes extremamente apaixonado e passional - entre cientistas e especialistas. Alguns garantem - os "catastróficos" - que o aumento da temperatura média, em apenas 2oC, seria suficiente para provocar o derretimento das geleiras. Isso provocaria uma elevação no nível do mar de até dois metros, inundando vastas áreas, além de grandes transtornos climáticos.

Por outro lado, os dados sobre elevação da temperatura terrestre são escassos e dúbios, já que foram tomados em poucos pontos do mundo - principalmente nas cidades, que são "ilhas de calor" - e por um período curto (nos últimos 120 anos). Mas há astrônomos que atribuem o aumento de 0,5oC, nos últimos cem anos, a mudanças na atividade solar (aumento no número de manchas solares).

Medidas sobre o nível do mar são contraditórias. Para alguns cientistas subiu 4 mm/ano entre 1920 e 1970; para outros abaixou, com o acúmulo de gelo na Groelândia.

Uma coisa é certa; houve um aumento significativo, no último século, da concentração atmosférica de gases causadores do efeito estufa.

Entretanto, isto não é um evento novo na história terrestre. Em eras geológicas remotas - como no Carbonífero (entre 255 e 50 milhões de anos atrás) - a atmosfera foi mais rica em gás carbônico do que atualmente, o que permitiu a existência de uma flora muito mais rica e abundante; bem como a formação de grandes depósitos de carbono fóssil (petróleo e carvão). A redução progressiva desse gás carbônico, pela própria atividade fotossintética, teria motivado o desaparecimento daqueles ecossistemas primitivos, dominados por samambaias gigantes.

Durante a década de 80, a fronteira agrícola brasileira - praticamente saturada na Região Sudeste e conquistada a Região Centro-Oeste - avançam sobre a Amazônia, principalmente na Rondônia e Pará. Nestes estados instalou-se a pecuária de corte; uma opção mais fácil e rendosa para se ocupar da terra, comprada a baixo preço. Conseqüentemente, os desmatamentos e as queimadas (método primitivo e barato para a retirada rápida da floresta) começaram a se espalhar pela Amazônia.

Em 29 de agosto de 1988, um editorial do jornal Norte-americano The New York Times acusou as queimadas brasileiras (descoberto pelo satélite NOAA devido ao seu grande número no inverno deste ano) de serem um dos principais responsáveis do efeito estufa, contribuindo com 10% do total de gás carbônico lançado na atmosfera. Estava aberta a temporada de caça aos poluidores do Terceiro Mundo, na qual jornais e entidades de todo o mundo nos culpavam pelo efeito estufa. Sendo resultado de uma herança cultural, a queimada é usada tanto pelo pequeno agricultor com pelo latifundiário. Com isso produz-se muito gás carbônico, agravando o efeito estufa, e destrói-se florestas tropicais.

A verdade é que esqueciam-se dos verdadeiros e reais responsáveis por isso: as nações industrializadas. Com a queima de combustíveis fósseis para geração de energia, movimento de veículos e aquecimento doméstico produzem muito mais gás carbônico do que as queimadas, estimado em 200 milhões de toneladas por ano, apenas 3% do total. Somente o gás carbônico aumentou em 9%.

Em termos de área destruída, a taxa média de desmatamento anual na Amazônia, entre 1978 e 1989, foi de 21.800 Km2. Até o inicio da década de 90, cerca de 8% da Amazônia legal havia sido desmatada, o que supõe uma área de 394.000 Km2, o equivalente aos Estados de São Paulo e Santa Catarina juntos. Entretanto, serve como um pequeno sina de esperança a diminuição no ritmo de desmatamento, observado nos últimos anos. No período de 1978 a 1979 foram devastados 21.135 km2/ano; entre 1987 e 89 foi 17.871 km2/ano e, finalmente, para o biênio 1989-90 reduziu-se a 13.818 km2/ano.

Ainda que as queimadas amazônicas não contribuam muito para o efeito estufa, elas trazem conseqüências graves. A primeira delas é a perda de estabilidade no clima do Hemisfério Norte, pois 80 a 90% da energia solar que incide na Amazônia é utilizada para aquecimento do ar e produção de vapor d'água - graças a transpiração da imensa biomassa vegetal - que é transportado rumo ao norte, garantindo o aquecimento e as chuvas na América do Norte. Outro efeito negativo é a destruição do húmus, única fonte de nutrientes para as árvores. Sem ele o solo amazônico logo fica pobre e sem árvores, facilmente é arrastado pelas chuvas.

Finalmente, a queima das florestas acelera o empobrecimento do patrimônio genético amazônico.

Por estas razões as queimadas devem ser evitadas. Não só isso, convêm promover o reflorestamento das áreas destruídas como uma forma de absorver parte do excesso de gás carbônico, existente atualmente na atmosfera; o qual seria transformado em árvores reduzindo, assim, o perigo de um possível efeito estufa.

Nenhum comentário: