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BAND NEWS RÁDIO FM-RJ

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OPORTUNIDADES

INFORMAÇÕES DO PROJETO:

BRASIL, RIO DE JANEIRO - 2016
CURSO DE ARTE RECICLAGEM -
EMAIL: calves1972@yahoo.com.br
***Vencedor da segunda edição do Projeto Sustentabilidade 2012 EDUCAÇÃO*** POR CARLOS A. BARBOSA***
Professor Artesão e Escritor
O PROJETO SOCIAL TRABALHA COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, O OBJETIVO DO APP e INFORMAR, PESQUISAR, CONSCIENTIZAR A SOCIEDADE A MELHORAR O MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS AO USO DE SACOLAS ECOLÓGICAS E A RECICLAGEM DO LIXO SUSTENTÁVEL, VOLTADOS PARA ESCOLAS E COMUNIDADES RJ; * TEMOS CURSO DE RECICLAGEM EM PAPEL – 100 Pratico%. TÉCNICAS EM PAPEL E PET, PLÁSTICO, METAIS, AULAS PARTICULARES, ESCOLAS, ETC Maquetes.
****PARCERIAS E PATROCINADOR PARA ESCOLA DE ARTE: CONTADO email: calves1972@yahoo.com.br.
ESTÁ EM FASE TESTE!
PARTICIPE E USE O APP NÃO JOGUE O LIXO NAS RUAS!
http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/nao_jogue_lixo_nas_ruas

PROJETO MODELO ARTE ECOLÓGICA PRÊMIOS RECONHECIDOS:

http://www.istoe.com.br/reportagens/270477_TRANSFORMADORES

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PARCERIAS:

http://lixozero.org/v2/



domingo, 8 de março de 2009

ARTE EM TAPETES PERSAS

Os tapetes persas não voam, como conta a lenda. As distâncias eram imensas no mundo antigo e os tapetes nada fizeram para diminuí-las. Seria ótimo se voassem, porque todo mundo sabe que o tapete voador é um meio de transporte muito seguro. Até hoje não vimos em nenhum jornal, manchete do tipo "tapete mágico cai na Índia, matando três passageiros". Já avião... vez por outra! Mas nós vamos falar aqui sobre os tapetes persas, aqueles que mesmo não voando são obras de arte cujos preços muitas vezes atingem a estratosfera.
Tapete mágico - nenhuma notícia de acidente
O mais antigo tapete de que se tem notícia, tem aproximadamente 2500 anos e foi encontrado na Sibéria, no meio de uma geleira. Pelo seu bom estado de conservação após tanto tempo de existência, o tapete já é uma preciosidade; além do fato de que através do seu estudo verificou-se que naquele tempo já se utilizavam os mesmos processos de confecção que perduram até hoje. É incrível como objetos fabricados com materiais aparentemente muito frágeis - como o barro, madeira, lã, cerâmica e muitos outros - conseguem sobreviver por milênios, muitas vezes ao sabor das forças da natureza.
O mais antigo tapete persa conhecido, encontrado em uma geleira - 2500 anos
Os tapetes eram então fabricados pelas tribos nômades da Ásia Central e da Pérsia. Usava-se lã de carneiros, cabras e camelos, animais que faziam parte da vida dessas tribos naqueles tempos. O mundo era meio descolorido e monótono na região e por isso procuravam cores vivas e fortes para colorir os tapetes, que serviam muito mais como protetores nas noites frias do que figuras de decoração. No mundo árabe, o uso do tapete generalizou-se e quando, mais tarde, imperou a religião criada por Maomé, o tapete passou a simbolizar um lugar sagrado onde o árabe ajoelhava-se para rezar. Como as rezas eram freqüentes, cerca de cinco vezes por dia, os árabes carregavam os seus tapetes para onde fossem.
Tapetes persas - cores vibrantes para compensar a monotonia cromática da região
No oriente, os tapetes serviam como decoração nas paredes e eram encarados como preciosos demais para ficarem no chão - coisa que acontece até hoje. Iam para o chão unicamente no momento das rezas. Com Marco Pólo, os tapetes começaram a ser conhecidos no mundo ocidental. Nessa ocasião já eram usados no chão das mesquitas e nos palácios dos califas, como ostentação de riqueza. No contato entre Oriente e Ocidente, os monarcas orientais traziam os tapetes como presentes de enorme preciosidade. E realmente o eram.
Figuras humanas foram proibidas pela religião depois de Maomé - sinal de muita antiguidade para esses tapetes ou uma origem muito peculiar
Na religião muçulmana não se faz a reprodução de figuras humanas e por isso os tapetes persas não trazem gravuras de reis, santos ou soldados. Entretanto, os tapetes mais antigos ainda - do período que antecede Maomé -, não receberam essa interferência e mostram figuras de pessoas em cenas que foram retratadas da mesma forma como os pintores ocidentais faziam nas telas. Os pintores foram os fotógrafos da antiguidade e o mesmo aconteceu com todas as espécies de arte. Como os reis não tinham fotógrafos, faziam-se cercar de pintores para registrar as suas ilustres vidas. CyberArtes fala sobre isso na matéria sobre Eckhout de uma forma bem interessante. Nessa matéria compara-se o tempo em que os holandeses aportaram no Brasil, por volta de 1630, com o pouso do homem na Lua em 1969 e a marca da bota de Neil Armstrong transmita por satélite para todo o planeta Terra.
A arte milenar do tapete persa acabou dando origem ao abstracionismo
Por essa restrição, a natureza está fortemente presente na arte muçulmana e conseqüentemente na tapeçaria. Flores, pássaros, animais de todos os tipos, assim como um emaranhado de curvas e traços que serviam para espantar as coisas ruins e que terminaram por inspirar, mais recentemente, o surgimento da arte abstrata. O abstracionismo surgiu quando Immanuel Kant (1712-l804) começou a pensar em como os tapetes orientais, com desenhos formados por figuras sem significado, provocavam uma sensação agradável. CyberArtes também abordou esse assunto em uma matéria com o título de "Poesia com as cores".
Uma obra de arte colocada no chão para ser pisada - cuidados especiais
Os tapetes persas seguem toda uma simbologia criada para representar os objetos e podem ser distinguidos, por quem conhece o suficiente, pelo uso desses símbolos. Através deles pode-se saber a origem e período de fabricação, embora a técnica seja praticamente a mesma nos dois últimos milênios. Os nós são enfileirados horizontalmente e formam uma trama vertical. Depois é feita uma tosa onde as pontas são eliminadas, formando a superfície do tapete. Parece simples? Só parece, porque, na prática, isso exige habilidade e uma criatividade que torna os tapetes persas figuras criadas por caleidoscópios, nunca repetidas. O instrumental é simples e um artesão comum pode fazer até 1000 nós por hora, trabalhando em ritmo febril. Isso pode parecer muito, mas um bom tapete tem mais de 50 ou 100 nós por centímetro quadrado, o que faz com que um tapete possa levar anos para ser fabricado. Nas fábricas doméstica, cerca de 20 moças trabalham em teares sob o comando de um Salim, que determina os desenhos e tudo o mais.
Tapete do Afeganistão feito em seda - material incomum
Outro problema é a coloração, feita quase sempre em pequenas quantidades de fios para garantir uma grande variedade e durabilidade. O processo é complicado e há até algumas décadas somente eram usados corantes vegetais, pois os corantes e anilinas importados da Europa e de outros lugares do mundo eram proibidos por atos de governo. O processo, de qualquer forma, segue receitas milenares e a cor final resulta de uma grande variedade de fatores, como até mesmo a proveniência da lã.
Cores fortes onde só muito recentemente foram permitidas as novas possibilidades da química moderna - tradição e religiosidade preservadas
A escolha de um tapete como investimento é coisa para especialistas, pois depende de tantos fatores que um leigo facilmente se confundirá. Os tapetes mais modernos não possuem o enconto dos mais antigos e o tempo de fabricação é um fator importante. Cores, regularidade dos nós, quantidade dos nós... tudo isso e muito mais deve ser observado. Mas isso é como um quadro: no final, se você esquecer o aspecto do investimento, você olha, gosta ou não, e decide se vai comprar. Claro, se tiver o dinheiro necessário! Eu, por exemplo, não tenho nenhum tapete persa em minha casa.
Desenhos complexos e busca da perfeição - trabalho demorado
São muitos os cuidados com um bom tapete persa. Piso liso - preferivelmente com uma proteção -, nada de móveis em cima, além de evitar tratos rudes. Na hora de lavar, nada de bater violentamente, nada de água, e o aspirador de pó deve ser usado sem tocar realmente no tapete. Na dúvida, chame quem entende, para preservar o seu patrimônio. Lembre-se que o seu tapete persa não é um tapete qualquer, feito em série, mas sim uma obra de arte.

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