Nasce um dos maiores Museus da América LatinaMais de 17 mil metros quadrados são destinados à exposições.
A história do Museu Oscar Niemeyer teve início em 2002, quando o prédio principal deixou de ser sede de secretarias de Estado para se transformar em museu. O prédio, antes chamado de Edifício Presidente Humberto Castelo Branco, passou por adaptações e ganhou um anexo, popularmente chamado de Olho. Ambos os projetos são de autoria do reconhecido arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. As obras necessárias, com custo estimado em US$ 14 milhões, foram realizadas com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Inicialmente batizado de NovoMuseu, em 22 de novembro de 2002, o complexo foi inaugurado. Dedicado à exposição de Artes Visuais, Arquitetura e Design, atualmente, o Museu possui 17.744,64 mil metros quadrados de área expositiva potencial.O acervo inicial surgiu com as obras do Museu de Arte do Paraná (MAP) e com o acervo do extinto Banco do Estado do Paraná (Banestado). Em sua coleção figuram importantes artistas paranaenses e nacionais de vários movimentos. Composto por aproximadamente 2 mil peças, o acervo guarda obras dos paranaenses Alfredo Andersen, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli e Caribé, entre outros.Requião consolida Museu Em 2003, a administração do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), empossado pela segunda vez no cargo, assumiu a responsabilidade pelo complexo. Por exigências jurídicas foi necessária a criação de uma nova Organização Social Civil de Interesse Público (Oscip).Sob a forma de pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, a Oscip é qualificada pelo Ministério da Justiça. A lei permite e incentiva que a manutenção da instituição se dê por meio de parcerias com governos, orgãos públicos e iniciativa privada. Desta forma, todos os projetos desenvolvidos são realizados por meio da lei federal de incentivo à cultura - a Lei Rouanet. Por ter tido a necessidade de criar uma nova Oscip, em fevereiro de 2003, o governador assinou um decreto e alterou o nome para Museu Oscar Niemeyer. Com este gesto, o governador prestou uma homenagem em vida ao brilhantismo de Niemeyer, um dos principais representantes vivos da Arquitetura Moderna no Brasil.Por outro lado, para que a Oscip pudesse ser gerida, também foi organizada a Sociedade dos Amigos do MON. Com o objetivo de agendar novas exposições, o Museu permaneceu fechado de março a julho de 2003.A alma e a rotina de museuFormada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maristela Requião foi indicada para assumir a presidência do complexo. Além de ter convivido e conquistado a amizade de importantes artistas paranaenses da velha guarda, foi ela quem incentivou a criação do Museu Metropolitano de Arte (Muma). Na época, entre 1985 e 1989, o governador Roberto Requião era prefeito de Curitiba e tinha na presidência da Fundação Cultural, Carlos Frederico Marés de Souza, que apoiou o projeto.Reunindo as qualificações necessárias ao cargo, Maristela Requião foi empossada presidente do Museu Oscar Niemeyer, no dia 4 de junho de 2003, conforme ata da Assembléia de Constituição da Sociedade dos Amigos do MON. A Sociedade, também sob a presidência dela, é composta pelos conselhos Administrativo, Fiscal e pelas diversas diretorias. À frente da presidência, coube a Maristela Requião dar efetivamente a alma e a rotina de um museu. Ela enfrentou não só o desafio de criar, em curtíssimo tempo, uma programação, como também de montar uma equipe técnica qualificada para atuar na instituição. Com a programação e a equipe técnica estruturadas, o Museu foi reinaugurado no dia 8 de julho de 2003. Desde então, foram realizadas importantes conquistas. Conquistas e AmpliaçõesUma programação de alto nível foi implantada. A estratégia colocou o Museu Oscar Niemeyer no roteiro das grandes exposições, antes restrito ao eixo Rio-São Paulo, e consolidou o complexo como uma referência nacional e internacional. Ao mesmo tempo em que foram promovidas ampliações na estrutura física e museográfica.Em dezembro de 2004, foram inauguradas três novas salas expositivas, instaladas na torre do Olho. Elas são destinadas exclusivamente para a exposição de fotografias e integram a Torre da Fotografia. No mesmo ano, foi concluída a montagem da Reserva Técnica, local onde estão guardadas as obras do acervo. A montagem do espaço físico teve início em outubro de 2004. A ampliação prosseguiu com a abertura da loja do Museu, em 17 de fevereiro de 2005.Atualmente, estão em andamento os trabalhos para a instalação do Laboratório de Conservação e Restauro. Enquanto que o acervo, gradativamente, está sendo ampliado com novas aquisições. Obras dos artistas plásticos brasileiros Amélia Toledo, Emanoel Araújo, Francisco Brennand, José Rufino, Nelson Leirner e de Tomie Ohtake estão entre as peças adquiridas em doação.
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