A Land Art é compreendida como um protesto contra a comercialização da arte, enquanto desenvolve projectos monumentais na paisagem natural, ao rejeitar os espaços museológicos e galerísticos como locais de actividade artística. As esculturas não são colocadas na natureza. A natureza é parte integrante na criação das esculturas. Spiral Jetty, do norte-americano Robert Smithson (1938-1973), é representativa deste estilo, que é efémero por natureza, e que permanece na história da arte através do registo fotográfico ou de vídeo.
O escocês Andy Goldsworthy (1956) cria esculturas permanentes ou temporárias através do recurso a matérias naturais ou objectos encontrados no meio ambiente. Goldsworthy é um artista que usa a matéria vegetal para criar obras de arte efémeras e o seu resultado prático é registado em fotografias. Muitos destes registos podem ser adquiridos em leilão, nas vendas que se realizam no mercado francês, por valores de aproximadamente €6,000. Uma escultura pequena, como Stonework (1994), da propriedade de um coleccionador privado, foi vendida em leilão da Christie’s, em Fevereiro de 2005, por €41 823, com valor estimado de €22 000; o desenho When Mount Ben Nevis Meets Mount Fuji (1993) foi adquirido em leilão da Christie’s, em Abril de 2007, por €10 652, acima do preço estimado mínimo. Um ano antes, esta mesma obra tinha estado presente em leilão, mas foi retirada.
A obra de Alberto Carneiro, para João Fernandes (director do Museu de Serralves) “suscita uma reflexão particular sobre a condição da arte enquanto criação de uma evidência da natureza na construção da relação humana com o mundo”. A defesa da arte na natureza. Uma pequena escultura deste artista, Os caminhos da Montanha III, foi leiloada pela Sala Branca (Lisboa), em Fevereiro deste ano, por €3 200, com valor estimado mínimo de €1 500.
Desta forma, muitas obras de arte de menor escala podem ser encontras à venda através de agentes em galerias ou nos leilões de arte. Alternativamente, o que pode ser encontrado no mercado são registos visuais das actividades ou dos eventos na forma de desenhos, que usualmente apresentam as metodologias construtivas da obra; de fotografia, que captam o momento exponencial da obra; ou de vídeos, que registam todo o processo de relação entre a obra e o contexto onde se encontra inserida.
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