esde o mês de março, o Brasil está sendo tema de homenagens, exposições e apresentações especiais em um lugar bem longe daqui: Paris. Tudo isso é devido ao Ano do Brasil na França-2005, dedicado a mostrar aos franceses todas as expressões culturais brasileiras.
O projeto, que surgiu de um Acordo Cultural entre os dois países, foi lançado no dia 30 de junho de 2004 pelo Ministro da Cultura, Gilberto Gil, e pelo embaixador da França no Brasil, Jean de Gliniasty.
O Ano do Brasil na França faz parte das Saisons Culturelles Étrangères en France, que desde 1985 homenageiam diferentes países: a cada ano, um país é convidado a levar sua produção cultural a todas as regiões francesas. Até o momento, o governo francês já recebeu eventos de 18 países, entre eles: Índia, Argélia, Tunísia, Japão e Egito. Em 2003, a homenageada foi a China. Já em 2004 foi a vez da Polônia.
O Brasil será homenageado através do tema Brésil, Brésils, ou Brasil, Brasis, referência à nossa diversidade de culturas e modernidade. A idéia, porém, é mostrar o país como potência em aspectos além do cultural, como a economia, indústria, comércio, turismo e aspecto social.
A programação das incontáveis manifestações culturais é dividida em três fases. Raízes do Brasil mostra os índios, negros africanos, as raízes da música e do Cinema Novo, o Barroco. Verdade Tropical leva vários shows de música brasileira para animar o verão europeu. Por fim, Galáxias, no segundo semestre, mostra a modernidade brasileira, a arte contemporânea, e as exposições de foto e arquitetura.
A música, presente em todas as fases do projeto, é a grande aposta da programação. Grandes nomes da música brasileira estarão na França, bem como apresentações de música regional e concertos eruditos. Ainda no mês de junho, nos dias 28 e 29, Gilberto Gil faz show na Bastilha. Lenine também toca por lá, no dia 24.
A mostra Brésil Indien, que fica até dia 27, na Galerie Nationales du Grand Palais, traz a arte indígena brasileira, sem estereótipos. Além dela, até dia 29, no Fórum dês Images, está a mostra Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo: Portraits Croisées, com filmes e debates sobre essas capitais brasileiras.
O teatro brasileiro também estará bem representado. Marília Pêra faz sua Mademoiselle Chanel, sucesso de público no Brasil, em temporada de 24 de junho a 02 de julho, na Comédie des Champs-Elysées. A peça Hysteria, esquete que já fazia sucesso no exterior, ficou em cartaz em Petit Quevilly, região da França, dias 7, 8 e 9 de junho, no Théatre Maxime Gorki.
http://une.org.br/home/cultura___out_2004/m_6394.html
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