O lixo, com todos os restos do que rejeitamos, também representa o que somos. Talvez essa fosse uma boa técnica para realmente se conhecer alguém. Paquera no barzinho, sorrisos, troca de telefone e a conversa termina assim: mas… posso dar uma olhadinha no seu lixo?
Com toda essa representatividade o lixo é reutilizado por muitas pessoas no campo da arte. Material abundante com resquícios da humanidade que o utilizou. Inspiração certa.
Jean Shin, nascida em Seul (Coréia do Sul), que mora atualmente em Nova York, é reconhecida por suas grandes instalações feitas com materiais descartados. Ela já utilizou caixas de remédio, troféus, roupas e discos, todos foram transformados em surpreendentes esculturas. Sua obra reflete não só a vida individual como também questões coletivas que enfrentamos em nossa sociedade.
Os discos foram derretidos e esculpidos em forma de onda. A estrutura expressa a inevitabilidade das ondas tecnológicas que se tornam obsoletas rapidamente. A peça também manifesta a efemeridade da música e do gosto musical de um indivíduo, representada por sua coleção. Em colaboração com The Fabric Workshop and Museum, Philadelphia, 22,528 teclas de computador recicladas e 192 teclas customizadas, teclado funcional customizado e software, projeção de vídeo e molduras de alumínio pintadas.
Nessa escultura interativa, milhares de teclas recicladas foram acondicionadas em um padrão continuo. As teclas fazem a transcrição exata dos e-mails trocados entre a artista e equipe de produção do Fabric Workshop. Como resultado a escultura documenta seu processo de criação. Visitantes podem também digitar mensagens nas teclas funcionais (três primeiras fileiras da peça) que são projetadas no outro lado do museu, dando assim continuidade ao dialogo com o público. O projeto simboliza a presença constante hoje em dia de e-mails em nossas vidas e que apesar de toda tecnologia moderna, a comunicação escrita ainda é feita através da movimentação de nossos dedos.
FONTE:http://www.jeanshin.com/index.htm
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